Todo negócio enfrenta desafios constantemente. Cabe aos empreendedores conhecerem o que dificulta sua gestão e buscarem boas soluções ou alternativas mais viáveis. Mudar a receita do que não deu certo, né?
Em um restaurante, especificamente, esses desafios vão desde o cardápio até o ambiente e decoração. E quando se acerta em cheio, pode se tornar um grande sucesso, celebrado por clientes e pela (temida) crítica culinária.
E é pra te ajudar a (quase) ganhar uma estrela Michelin que, neste artigo, jogamos pimenta em 6 equívocos que podem ocorrer na gestão de um restaurante e como evitá-los.
O cardápio do restaurante não é a Netflix
Ao tentar atrair uma grande gama de clientes, muitos restaurantes pecam ao montar um cardápio muito extenso e, de vez em quando, contraditório.
Oferecer desde hambúrgueres à massas e risotos pode não ser uma boa tática para quem deseja fidelizar clientes, gerar uma receita recorrente e garantir o crescimento do negócio.
Já reparou como as vezes a gente demora para escolher um filme na Netflix? Um cardápio muito extenso causa o mesmo efeito.
Além de confundir os clientes na hora de realizar o pedido, um cardápio tão diversificado dificulta alcançar a qualidade necessária em todos os pratos. Restaurantes especializados em um único produto ou culinária têm se tornado uma tendência. Se reparar bem, alguns dos principais restaurantes brasileiros, apontados no Ranking do TripAdvisor, seguem essa estratégia:
- Voilà Bistrot (RJ): culinária francesa
- Camarões Restaurante (RN): frutos do mar
- Koh Pee (RS): culinária oriental
- Taste-Vin (MG): culinária francesa
Falta de preparação dos funcionários
A qualidade dos pratos e um bom atendimento devem sempre andar juntos para garantir o sucesso de um restaurante. É a cereja do bolo. Contudo, muitos contratam funcionários sem estabelecer um critério, acreditando que o serviço se trata apenas em levar os pratos à mesa do cliente.
Uma boa refeição aliada a um atendimento de qualidade deixa a experiências dos clientes mais gostosa, o que certamente os fideliza. Pense nas avaliações positivas na sua página do Facebook e Google. E a propaganda boca a boca então?
Dessa forma, o tempero que não pode faltar é a contratação de funcionários preparados e o investimento em treinamentos constantes sobre as melhores práticas de atendimento.
Dica: você pode reservar uma porcentagem do faturamento mensal da empresa para a capacitação dos seus colaboradores. Investimento com retorno garantido!
Não conhecer o mercado
Esteja seu negócio no início ou já atraindo e fidelizando a clientela, é importante conhecer o mercado e descobrir novas tendências, técnicas e/ou ferramentas. O que é legal hoje pode não ser amanhã, principalmente se os concorrentes seguem inovando e você ficou parado.
Analise constantemente seus concorrentes, buscando entender o que funciona e o que não, onde eles erram e você pode mandar bem e, com isso, determinar o seu diferencial competitivo.
Falando nisso, seus concorrentes já aceitam pedidos de aplicativos como o iFood e Uber Eats. E você, também? Não? O caldo entornou. Você está perdendo dinheiro!
Ifood
Segundo dados divulgados pela própria empresa, o IFood possui mais de 50 mil restaurantes cadastrados, em mais de 483 cidades. Só nas últimas semanas de outubro de 2018 foram impressionantes 390 mil pedidos diariamente. Confira mais dados:
Fonte: iFood
Quer pegar uma fatia desse mercado? Basta preencher o formulário no site oficial da empresa, enviar seus dados para serem analisados e aguardar. O cadastro é gratuito.
Depois de aprovado, seu estabelecimento precisará utilizar o gestor de solicitações da plataforma, que recebe, confirma e encaminha os pedidos realizados.
Não prestar atenção ao salão do restaurante
Ao criar o ambiente de um restaurante você precisa lembrar que seu estabelecimento pode ser frequentado para diversos fins, encontros românticos e/ou reuniões de negócios. E é por este motivo que o ambiente deve estar preparado para as diferentes situações.
Música alta, iluminação fraca ou forte demais, disposição ruim dos móveis, que atrapalhe a circulação, podem interferir no conforto e satisfação dos clientes. Busque, assim, criar um ambiente que seja agradável de forma geral, para públicos de diferentes percepções.
Não automatizar processos
Nem todos os processos de gestão precisam ser feitos à mão, como um bom pão italiano. Você pode - de deve - utilizar ferramentas para automatizar, por exemplo, o controle financeiro e a gestão do estoque de suprimentos.
Automatizar tarefas reduz o risco de erros e torna as ações mais eficazes. As informações são geradas e recebidas de forma mais rápida, o que acelera os procedimentos, melhorando a experiência do cliente.
Um bom exemplo é a possibilidade do garçom enviar um pedido para cozinha enquanto realiza o atendimento. Assim não precisa levar até os cozinheiros o papelzinho com os pratos escolhidos anotado à caneta.
Com o uso da tecnologia, a disponibilidade dos garçons aumenta e o tempo de espera pelo atendimento reduz bastante. Que cliente não gostaria de ser atendido assim que acenar ao garçom?
Ou mesmo, se fizer sentido com a experiência que deseja para seus clientes, disponibilizar em cada mesa um cardápio digital, com o qual cada pessoa pode escolher o prato mais apetitoso e já fazer o pedido na hora! Ficar esperando o garçom atender todos os chamados antes de você é - praticamente - coisa de passado. :p
Uma tecnologia como esta não é exclusividade das grandes redes. Há inúmeras soluções, como a Abrahão, que atendem diferentes bolsos.
Quando falamos de estoque, uma ferramenta que permita acompanhar a quantidade exata de ingredientes disponíveis auxilia os gestores a saber quando devem acionar seus fornecedores e a formatar um pedido exato.
Ao automatizar certas ações os custos com processos diminui e o acompanhamento se torna mais fácil.
Cobrar preços equivocados
Você não deve olhar apenas para a margem de lucro ou somar o valor dos ingredientes e cobrar um preço acima desse número. Para chegar a um preço correto, que não te deixe em apuros ou seja muito salgado, alguns fatores precisam ser levados em consideração:
- custos fixos do estabelecimento;
- custos dos ingredientes;
- a margem de lucro desejado;
- os impostos envolvidos;
- o markup (índice utilizado para a formação do preço de venda, aplicado sobre o custo dos produtos);
- preços praticados no mercado.
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Prestando atenção nestes erros mais comuns será mais simples acertar no ponto da gestão do restaurante.
Você tem outra dica que não está nesta lista? Deixe seu comentário abaixo.
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