Somente para Youtubers: você já registrou a sua marca?

As marcas presentes nas mídias sociais também precisam de atenção. Se você tem ou quer ter um canal no Youtube, leia este artigo.

Por André Cândido (OAB/SC 50.015) 7 min. de leitura

Uma das mídias sociais mais conhecidas entre os brasileiros, o Youtube alcançou uma quantidade de acessos quase impensável e se tornou um dos nossos queridinhos nestes tempos de pandemia. 

De olho nessa plataforma que está presente em grande parte dos nossos lares, muitos criadores de conteúdo e influenciadores criaram um mercado competitivo que movimenta milhões de reais.

Se você está pensando em criar um canal por lá, já possui um ou até tem intenção de expandir seus negócios dentro desta rede, precisa acompanhar nossas dicas até o final e ficar ligado nas suas possibilidades com essa gigante dos streamings

Um pouco sobre o Youtube e seu potencial

A plataforma surgiu em 2005, quando as coisas na internet ainda engatinhavam. Criado por 3 jovens empreendedores que, em um happy hour, perceberam como era difícil a tarefa de assistir vídeos online, o Youtube chamou atenção por seu caráter “gratuito” de serviço e logo conseguiu apoio de marcas consagradas. 

A Nike foi uma delas. Na época, criou um dos primeiros vídeos virais da plataforma, em que colocou o jogador Ronaldinho Gaúcho para mostrar seus vários dribles com as chuteiras da marca.

Ao longo dos anos seguintes, a expansão e influência da plataforma explodiu. Em 2012, fenômenos como o videoclipe de “Gangnam Style” alcançaram mais de 1 bilhão de visualizações em poucos meses, enquanto a roupagem de todo o sistema mudou.

Youtuber

A mídia social ganha não apenas uma cara nova, mas também os seus famosos algoritmos que conseguem a façanha de indicar os vídeos para o usuário, baseando-se apenas em suas escolhas anteriores.

Essa mudança na política de privacidade fez crescer ainda mais os canais voltados ao público gamer e o tempo médio de duração dos vídeos em todos os canais - já que o ranking dos vídeos melhorava à medida que os usuários os assistiam por mais tempo.  

Esses números mundiais se estendem ao Brasil: A pesquisa ComScore Video Matrix mostra que, mensalmente, cerca de 105 milhões de brasileiros acessam o Youtube. E que, em meio à pandemia do novo Coronavírus, a busca pelos vídeos subiu em 53%.

Canal no Youtube é um negócio, sim!

Este crescimento todo não surge sem motivo. Acontece que muito dinheiro, de diversas fontes, movimenta a plataforma de vídeos e faz com que mais e mais empresas queiram participar, colocando seus serviços ou produtos à mostra.

Se antes havia dificuldade em alcançar o grande público, agora empreendedores menores também podem conseguir sua fatia de mercado com preços mais convidativos, através das propagandas que são lançadas nos vídeos e também no próprio leiaute do site. 

Você deve estar se perguntando: “como tanto dinheiro surge com o Youtube?” e também “porque é tão vantajoso anunciar por lá?!”. A resposta já foi mencionada anteriormente no nosso texto: são os algoritmos.

Eles são as “galinhas dos ovos de ouro”, não só do Youtube, mas também de outras plataformas do Google. E o motivo é que eles conseguem identificar, por meio dos interesses das pessoas nos vídeos, seu histórico de compras, rotina de acessos nas redes sociais e também outras informações coletadas com (e em alguns momentos, sem nossa percepção), o que queremos comprar e quando queremos.

Quantas vezes entramos em uma rede social só para ver o anúncio de algo que acabamos de pesquisar na internet? Esse é o “poder” dos algoritmos. Eles conseguem decifrar o que queremos, antes de querermos e descobrindo essas informações, eles nos guiam os anúncios com serviços ou produtos que nos interessam diretamente.

Os influenciadores experientes sabem como trabalhar esses algoritmos: mantendo uma quantidade constante de vídeos, pedindo engajamento dos seus seguidores (comentando, curtindo e compartilhando o conteúdo), evitando temas polêmicos (que podem retirar a monetização dos vídeos) e sempre discutindo temas atuais, que interessam uma quantidade maior de pessoas.

Dessa forma, o alcance e o ranking dos vídeos melhora, trazendo ainda mais pessoas para o canal. Mas aí surge uma questão importante. Veja a seguir. 

Como funciona a remuneração dos Youtubers?

Para que um produtor de conteúdo comece a lucrar com seu canal, ele deve ter um número mínimo de inscritos (pelo menos mil) e um total de 4 mil horas de conteúdo assistido no último ano para se filiar.

Preenchidos esses requisitos, é possível pedir uma avaliação das empresas que têm interesse em anunciar. Elas podem ou não permitir que os anúncios sejam incluídos no decorrer do vídeo. 

Outras formas de monetizar o conteúdo (ou seja, transformar os vídeos em remuneração), vem de um incentivo por números de inscritos ou até por financiamento coletivo da comunidade que segue o canal, permitindo aos espectadores que criem uma espécie fã-clube, ajudando com pequenas doações.

Mas sabe qual o ponto principal para poder desenvolver todas essas atividades? A marca. O Programa de Parcerias do YouTube é muito restritivo e possui regras bem específicas a serem cumpridas, entre elas, a designação de uma marca registrada para que as atividades de monetização ocorram. 

Em especial, aquelas relacionadas à “Estante de Produtos do Canal”: que transforma o canal em uma verdadeira loja, onde vários bens podem ser comercializados para a comunidade que o segue.

A importância do nome (marca) de um canal no Youtube

Vamos dizer que inspirado por esse artigo, você pensou que é uma ótima ideia iniciar como hobby um canal de receitas culinárias: “Marinando Sonhos”. Inicialmente, você não usa esse canal profissionalmente, mas opta por criar receitas originais e novos vídeos a cada duas semanas. 

No entanto, algum tempo depois suas receitas chamam a atenção da chef Paola Carosella, que decide fazer uma parceria com seu canal.

Ela te convida para vender produtos na sua “Estante de Produtos do Canal”, onde algumas camisetas com memes criados nas collabs são disponibilizadas para os “marinados” (os espectadores do seu canal). Você percebe que essa é uma ótima oportunidade para fechar contratos não apenas com ela, mas fazer de outros espectadores “marinados” também!

Se durante esse tempo, outra pessoa começa um projeto e resolve registrar o nome “Marinando Sonhos”, mesmo que você tenha criado toda uma legião de fãs, criado um conceito novo de canal e desenvolvido um negócio muito rentável na internet, terá de escolher um outro nome para chamar de seu.

Assim, além de criar uma ideia original para movimentar os algoritmos do youtube e chegar aos seus “marinados”, se pudermos oferecer outra dica, ela é: registre sua marca.

Por que o Registro da Marca é tão importante?

A única forma legal de conseguir a proteção de uma marca é por meio do que a Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/96) nos ensina: o registro da marca.

Para conseguí-lo, a marca deve passar por um processo dentro do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), que é o órgão que oferecerá um perito para analisar o pedido e, ao final do processo, decidirá sobre a possibilidade da marca ser aceita.

Lembrando do exemplo que oferecemos acima, no caso do canal “Marinando Sonhos”, mesmo todo o potencial dele poderia ser derrubado se a marca não for protegida pelo registro.

Por isso, o primeiro passo de qualquer negócio sério é o registro da marca! 

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Se hoje você não tem um canal ativo, mas está pensando em desenvolver um, fique ligado nestas dicas e não deixe que suas ideias sejam utilizadas por aí!

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