Marketing emocional: é assim que se faz na sua marca

Uma marca capaz de se comunicar com as emoções do público tem mais chances de ser lembrada e, claro, de vender mais no fim das contas. Então, vem aprender como aplicar o marketing emocional em suas campanhas!

Por Laury von Mühlen 9 min. de leitura

Ilustração consolide de um homem em pé e sorrindo, enquanto mexe em seu smartphone segurando-o com as duas mãos

Para aplicar o marketing emocional na publicidade da sua marca e criar campanhas que toquem o coração das pessoas, você precisa ter uma identidade visual bem estabelecida, descobrir as emoções que mexem com o seu público-alvo, contar uma boa história e vender mais do que “apenas” serviços ou produtos.

O objetivo desse tipo de marketing é gerar um relacionamento mais pessoal, intenso e descontraído entre a sua empresa e os consumidores, permitindo-a sair do convencional na hora de fazer as propagandas e até mesmo ir muito além do superficial, estreitando laços com a freguesia!

Boas campanhas arrancam um sorriso do público em momentos difíceis, ocasionam uma risada gostosa no meio do jantar ou fazem cair uma lágrima do canto do olho, independentemente de serem lidas, assistidas ou ouvidas.

Quem não se lembra de algum comercial tocante exibido há meses, anos ou décadas atrás? Marketing emocional é sobre isso!

Siga a leitura, compreenda detalhes e anote as ideias que surgirem por aí.

O que é, de fato, o tal do marketing emocional?

O marketing emocional é aquele que envolve promoções, propagandas, ofertas e/ou ações publicitárias que têm como objetivo principal conectar uma marca às emoções de seu público-alvo, chamando a atenção de cada possível consumidor pela forma como ele se sente em relação ao que é defendido ou mostrado.

A estratégia envolve, acima de tudo, os objetivos de provocar identificação e afinidade entre clientes e empresa e de fazer o negócio vender mais no final das contas.

Quer colocá-la em prática? Você precisa ir além dos benefícios funcionais de um produto ou serviço, além de fugir de qualquer “receita de bolo”, e avaliar o que é verdadeiramente significativo para quem compra da sua marca.

Saiba também que o marketing emocional é apoiado no neuromarketing, responsável por analisar as reações cerebrais dos consumidores e por mostrar que uma tomada de decisão de compra está fortemente conectada aos impulsos emocionais (felicidade, senso de pertencimento, nostalgia, medo ou raiva, por exemplo).

Não vai deixar de explorar a natureza humana e correr o risco de vender menos, vai?

Quais são os benefícios do marketing emocional?

O apelo emocional no marketing serve para uma empresa criar um vínculo mais profundo com os consumidores, fazer com que sua marca seja lembrada com mais facilidade, estimular o debate e o compartilhamento de suas campanhas nas redes sociais, associar sentimentos positivos ao seu produto ou serviço e, no fim das contas, se diferenciar no mercado.

Então, quando você nutre sentimentos positivos associados a sua marca, as pessoas pertencentes ao seu público-alvo tendem a realizar compras de modo mais impulsivo, sem passarem muito tempo avaliando racionalmente os prós e contras da escolha.

Além disso, o marketing que mexe com o coração – não à toa! – ajuda muito a chegar no ponto de a sua empresa se tornar uma love brand, ou seja, ser mais do que um CNPJ e virar uma marca totalmente amada pelo consumidor! Que tal colocá-lo em prática?

Aprenda como fazer marketing emocional em 5 passos

Ter uma marca bem alinhada à sua identidade, fazer seu consumidor se sentir bem, usar storytelling , vender emoções e não só produtos ou serviços e saber identificar esses sentimentos é o que vai destacar sua marca em relação à concorrência. Dá uma olhada!

1. Certifique-se de que marca e identidade sejam a mesma coisa

Se a sua marca fosse uma pessoa…

  • Como se comportaria?
  • Qual tom de voz teria?
  • Por que se diferenciaria dentro de um grupo?
  • Com quem gostaria de conversar?
  • O que os outros pensariam dela?
  • Quais emoções ela gostaria de despertar em alguém?

Saber essas respostas entra como ponto indispensável para você agir de modo autêntico e, acima de tudo, mais pessoal e profundo. Investigue a personalidade da marca e comece a colocá-la em todos os entregáveis da empresa, desde as campanhas de marketing até o produto final.

2. Faça seu consumidor se sentir bem

Ainda com base nas respostas para as perguntas apresentadas acima, explore o humor e outras emoções positivas em suas peças publicitárias e, quando sentir que cabe, vá além, mexendo até com emoções sensíveis, como o medo e a nostalgia.

A proposta é chegar ao final da sua campanha conseguindo que todo mundo se sinta bem – e vale dizer que emoções positivas não necessariamente são a alegria e o entusiasmo, mas aquelas capazes de deixar o seu público com o coração quentinho e associar a sua marca a boas experiências.

3. Conte uma história envolvente

Explore o poder do storytelling de marca: conte histórias para levar o seu público até a resolução de um problema, mesmo que você precise colocá-lo em situações que não sejam 100% felizes ou animadas logo de cara.

São as histórias as principais responsáveis por vender o seu produto ou serviço através do marketing emocional! Uma imagem bonita, um slogan cativante e uma logomarca única com certeza despertam excelentes sensações, mas só quando somados às histórias é que eles podem eternizar a sua marca na memória da freguesia.

4. Venda emoções e não apenas produtos ou serviços

Faça como a academia do seu bairro que grava vídeos bem humorados para divulgar o espaço no Instagram ao melhor estilo “expectativa vs. realidade”, para despertar o sentimento de empatia e tirar boas risadas do público. Em uma dessas, pode ser que surjam algumas matrículas novas a cada publicação.

Ou como aquela barbearia ali, na outra rua, que apostou na nostalgia e incluiu elementos de épocas passadas em seu ambiente! Ou, quem sabe, como aquela marca de bebida ou comida que tem gostinho de infância e só quem é do seu estado conhece e que, sabendo disso, explora o sentimento em suas campanhas.

Venda emoções acima de produtos e serviços: as pessoas se conectam com pessoas; com um estilo de vida; com um modo de pensar. O resto é consequência.

5. Para vender emoções, identifique-as

Vai ser uma perda de tempo criar campanhas publicitárias com base no marketing emocional se você não souber exatamente quais as emoções que suas ações vão despertar e o quanto elas são compatíveis com o público interessado na sua marca.

A depender do comportamento dos seus consumidores, determinados sentimentos podem até arrancar um sorriso ou um sentimento de compaixão, mas não serão suficientes para conversão.

Veja como o público-alvo que você escolheu reage à diversas campanhas publicitárias – não só às suas! –, fazendo pesquisas de mercado, análises comportamentais e testes A/B. Pais e mães, por exemplo, costumam ser mais afetados por propagandas com relações e emoções maternais e paternais, enquanto namorados adoram oportunidades de viverem experiências juntos.

Depois da análise, talvez uma outra boa ideia seja se inspirar em maneiras de explorar emoções que já deram certo no mercado. Por que não?

8 emoções para explorar no marketing emocional (com exemplos)

Os sentimentos que uma marca pode despertar através do marketing são variados, mas, dentre os mais explorados, estão a alegria, a nostalgia, a satisfação pessoal, a superação, o medo, o humor, a confiança e o senso de pertencimento. Espia só!

1. Felicidade

É usada para associar um produto ou serviço a momentos alegres e a experiências positivas. Ações com esse sentimento geralmente apresentam uma solução para um problema emocional, como reunir a família e os amigos para uma celebração ou conquistar um sonho. Provavelmente, só de ler este parágrafo você pensou na Coca-Cola, não?

 

2. Nostalgia

É um apelo emocional às memórias afetivas, recheadas de pessoas e elementos importantes, que trazem à tona diferentes momentos de vida. Essa emoção pode ser exemplificada pela campanha da Volkswagen, que usou a inteligência artificial para criar um dueto entre Elis Regina e Maria Rita, respectivamente mãe (falecida) e filha.

 

3. Satisfação pessoal

Existe quando a peça publicitária busca despertar, em quem a vê, lê ou ouve, bem-estar, autoestima e realização. Nesse ponto, os consumidores se identificam com empresas que atendem suas necessidades individuais e contribuem para que cada um deles atinja as suas metas pessoais. Assista uma campanha da Dove que explica muito bem a proposta!

 

4. Superação

É a emoção que tem a ver com os sentimentos de empatia e motivação e com a superação de medos, limitações e dificuldades. Além disso, geralmente, é a temática de campanhas de marcas esportivas, como a Nike e o seu famoso slogan “Just do it” (“Apenas faça”).

 

5. Medo

Geralmente explorado por empresas de seguros ou similares, bem como por marcas que buscam causar uma sensação de Fear Of Missing Out (FOMO) em seu público – expressão traduzida para o português como “medo de ficar de fora” ou “medo de perder uma oportunidade” –, o medo pode fazer parte do marketing emocional de várias formas diferentes.

Este comercial da BB Seguros, por exemplo, o utiliza para tratar da importância de um seguro de vida.

 

6. Humor

Usado por marcas que desejam arrancar uma risada genuína de seu público, o humor pode estar em um texto engraçado ou até no uso da própria percepção dos consumidores em relação à marca, e, muitas vezes, leva à promoção surpreendente de determinados produtos ou serviços. Quem não lembra do “Pode ser Pepsi?”.

 

7. Confiança

Campanhas com o apelo emocional voltado ao sentimento de confiança buscam estabelecer uma relação prolongada entre marcas e seus consumidores, transmitindo segurança em relação à qualidade, durabilidade e eficácia de seus produtos.

O exemplo aqui é a Apple, mas aquela lojinha do seu bairro que existe há 50 anos e vende roupas de primeira qualidade poderia se apossar de propagandas muito similares também!

 

8. Senso de pertencimento

Por último, mas não menos importante, a emoção do senso de pertencimento tem a ver com aquela sensação de o consumidor se sentir incluído e, portanto, sentir que é parte de um grupo exclusivo e especial. Quem gosta de clubes de assinatura provavelmente ficou tentado depois de assistir este comercial da Tag Livros.

 

E você, depois de toda essa leitura, quais outros exemplos traria para o papo? Compartilhe por mensagem direta através do Instagram da Consolide! Quero conhecer suas referências e opiniões.

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